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Felipe Zmoginski, de INFO Online Terça-feira, 12 de outubro de 2010 - 12h56
Divulgação
Fonte na entrada da Cisco, em San Jose, na Califórnia
SÃO PAULO - A Justiça determinou o bloqueio de bens da Cisco no Brasil como garantia para o pagamento de uma multa de R$ 3,3 bilhões emitida pela Receita Federal contra a empresa.
O caso teve início em outubro de 2007 quando uma operação da Polícia Federal pediu a prisão de mais de 40 pessoas acusadas de participar de um esquema de importação fraudulenta de equipamentos da gigante da tecnologia.
Na época foram presos até o então presidente da Cisco no Brasil, Pedro Ripper e Mauro Carnevali, diretor da empresa na América Latina. Carnevali é acusado em inquérito da PF de ser o mentor do esquema de importação ilegal.
De acordo com investigações da PF, a Cisco usava uma série de empresas terceiras (como a distribuidora de eletrônicos Mude) para importar seus produtos direto dos Estados Unidos e declarar à Receita preços bem menores que os verdadeiros. O objetivo era recolher menos impostos.
Segundo inquérito da PF, a Cisco trouxe ao Brasil o equivalente a R$ 724 milhões em equipamentos de rede declarando à Receita apenas uma parte deste valor. Um esquema complexo fazia os produtos entrarem e saírem do Brasil e passarem por até sete empresas até chegar às mãos da Cisco no Brasil. O objetivo era despistar eventuais investigações.
Como punição pelas fraudes, a Receita aplicou uma multa de R$ 3,3 bilhões à Cisco. Para assegurar o pagamento da dívida, que ainda pode ser questionado pela empresa, a 11ª Vara de Execuções Fiscais de São Paulo acatou o pedido da Receita para bloquear bens da Cisco no Brasil.
O bloqueio foi determinado no dia 13 de setembro, mas permanecia em sigilo. Só a Receita, a Justiça e os executivos da Cisco sabiam desta informação. Nesta terça-feira 12 de outubro, no entanto, uma reportagem do jornal Folha de S. Paulo, revelou a decisão da vara fiscal.
Ficam sob bloqueio imóveis, carros, equipamentos de alto valor e contas bancárias da empresa. Em breve nota, a Cisco confirmou o bloqueio de parte de seus bens no Brasil e assegurou que isto não afeta suas operações no Brasil. Segundo a Cisco, algumas contas já foram desbloqueadas para permitir que a empresa funcione normalmente, pagando fornecedores, funcionários e operando normalmente no mercado.
A Folha de S. Paulo pública ainda denúncia de que a Cisco fez, por meio de suas empresas parceiras, uma doação de R$ 500 mil ao PT em 2006. O objetivo, segundo o jornal, era obter como contrapartida facilidades para ser fornecedora de equipamentos telecom para a Caixa Econômica Federal.
Na época em que surgiu a denúncia pela primeira vez, o tesoureiro do PT confirmou a doação, que foi legal e declarada à Justiça Eleitoral. O partido disse ainda que até 2006 não havia denúncias contra a Cisco, já que a operação da PF aconteceu em 2007.
Leonardo Marinho
Google explica o que são buscas na web para Xuxa
SÃO PAULO - O Google Brasil emitiu um comunicado sobre o processo judicial movido pela apresentadora de TV Xuxa contra a empresa.
Na batalha judicial, Xuxa exige que as pesquisas que contenham os termos "Xuxa" e "pedófilo" sejam ignoradas pela gigante de buscas.
Na nota, o Google esclarece que "o conteúdo de cada site é de responsabilidade e autoria total e completa de seu dono ou webmaster" e que mecanismos de busca como o utilizado pela empresa são "um reflexo do conteúdo e das informações que estão disponíveis na Internet". Segundo a companhia, "o buscador apenas indexa essa informação".
Leia o comunicado na íntegra:
"A respeito de nota publicada sobre uma decisão judicial contra o Google, tudo indica que se trata de uma decisão liminar - preliminar e provisória -, obtida por meio de ação movida por Xuxa contra a empresa, e não de um processo já julgado. O Google informa que não foi notificado e que, portanto, não pode se pronunciar a respeito.
É importante compreender que mecanismos de busca, como o desenvolvido pelo Google, são um reflexo do conteúdo e das informações que estão disponíveis na Internet. Essas ferramentas não têm a capacidade de remover conteúdo diretamente de qualquer página da Web, apenas os indexam para ajudar internautas a localizar mais facilmente informações que procuram em meio a centenas de milhões de páginas de Web.
O conteúdo de cada site é de responsabilidade e autoria total e completa de seu dono ou webmaster. O buscador apenas indexa essa informação. Ou seja, o Google não produz, altera, edita, monitora ou interfere nas informações indexadas pelo buscador. Usuários que desejam que alguma informação seja alterada ou removida da Internet podem entrar em contato com o webmaster da página em questão para saber mais sobre sua política de retirada de conteúdo."
Google abandona gradualmente o Windows por razões de segurança